Cerca de 75 mulheres se reuniram em Londrina no dia 5 de julho de 2025 para fortalecer a mobilização rumo à II Marcha das Mulheres Negras Brasileiras, marcada para 25 de novembro em Brasília.
O encontro, realizado no Canto do Movimento dos Artistas de Rua (Marl), contou com a presença de mulheres negras e não negras de diferentes idades e trajetórias, além de lideranças religiosas, artistas, educadoras e estudantes. A Rede de Mulheres Negras do Paraná esteve representada pelas articuladoras Alaerte e Caroline, vindas de Curitiba especialmente para a atividade.
A programação uniu cultura e política, com apresentações de capoeira, samba e música, além de uma roda de conversa sobre a Marcha. O momento foi descrito pelas organizadoras como potente e acolhedor, trazendo o corpo e a ancestralidade para o centro da construção política e fortalecendo os vínculos entre as participantes.
Entre os encaminhamentos, as mulheres decidiram realizar novos eventos culturais como estratégia de arrecadação de recursos e marcar uma nova reunião para aprofundar o debate político em torno do tema “Por que marchamos e o que reivindicamos?”.
O encontro recebeu apoio do CDH Londrina, do AUETO, do Sindicato dos Bancários, do Canto do Marl e de grupos culturais como Capoeira Senzala, Bambas do Samba e artistas locais.
O encontro em Londrina mostrou que a Marcha das Mulheres Negras não é apenas um ato político em Brasília, mas um processo de fortalecimento contínuo. Quase 80 mulheres saíram dali atravessadas pela partilha, reafirmando que Reparação e Bem Viver não são apenas bandeiras de luta, mas caminhos de transformação coletiva. Com música, ancestralidade e diálogo, elas demonstraram que a Marcha já acontece desde agora, em cada território, preparando o terreno para que no dia 25 de novembro as vozes do Paraná ecoem com ainda mais força na capital federal.
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